De acordo com a igreja católica, o conclave que elegerá o sucessor do Papa Francisco, falecido nesta segunda-feira, 21 de abril de 2025, aos 88 anos, deve ser iniciado entre 15 e 20 dias após o início da Sede Vacante, ou seja, entre 6 e 11 de maio. Esse período permite que todos os cardeais eleitores — aqueles com menos de 80 anos — possam chegar a Roma. Atualmente, há 135 cardeais com direito a voto, embora o número máximo tradicionalmente permitido seja de 120, o que pode exigir ajustes logísticos ou normativos.
Durante o conclave, os cardeais se reúnem na Capela Sistina, em clausura, até que um novo Papa seja eleito com pelo menos dois terços dos votos. Entre os nomes mais mencionados pela imprensa como possíveis sucessores estão:
- Pietro Parolin (Itália), Secretário de Estado do Vaticano, conhecido por sua habilidade diplomática;
- Matteo Zuppi (Itália), Arcebispo de Bolonha, reconhecido por seu trabalho pastoral e mediação em conflitos;
- Robert Sarah (Guiné), ex-prefeito da Congregação para o Culto Divino, associado a posturas conservadoras;
- Luis Antonio Tagle (Filipinas), prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, notado por sua proximidade com os pobres . O conclave será presidido pelo cardeal Pietro Parolin, já que os cardeais decano e vice-decano ultrapassaram os 80 anos e, portanto, não participam da eleição .
A Igreja Católica vive agora um período de luto e expectativa, enquanto se prepara para a escolha de um novo líder espiritual.
O Novo Papa pode ser um Mafrense. Outros dois catarinenses também
Entre os 120 cardeais aptos a votar, sete são brasileiros, sendo três deles catarinenses.
Dom João Braz de Aviz, nascido em Mafra, nomeado cardeal em 2012.
Dom Leonardo Ulrich Steiner, natural de Forquilhinha, arcebispo de Manaus.
Dom Jaime Spengler, de Gaspar, arcebispo de Porto Alegre e nomeado cardeal em dezembro de 2024.
Eles se somam a Dom Odilo Pedro Scherer, Dom Orani Tempesta, Dom Paulo Cezar Costa e Dom Sérgio da Rocha na lista de cardeais brasileiros aptos ao conclave.
Santa Catarina é historicamente o estado brasileiro com maior número de cardeais desde 1905, totalizando seis nomes. A forte presença de colonização portuguesa, italiana e alemã contribuiu para um alto número de vocações sacerdotais e a ascensão de catarinenses na hierarquia da Igreja. No ranking nacional, Minas Gerais tem cinco cardeais, enquanto Rio Grande do Sul e São Paulo possuem quatro cada um.
Pelas regras da Igreja Católica, qualquer fiel que tenha recebido os sacramentos e seja considerado digno pode ser eleito papa. No entanto, a decisão final cabe ao Colégio de Cardeais, que historicamente escolhe entre seus integrantes. Com a morte de Francisco, a definição do futuro líder da Santa Sé está próxima.
Com informações do site do Vaticano
