Após 6 Dias de Julgamento, Acusados de Homicídio em Canoinhas São Condenados

Uma jornada de seis dias de julgamento chegou a um desfecho em Canoinhas, onde os responsáveis por um crime brutal foram finalmente condenados após uma batalha legal intensa. O caso, que envolveu um homicídio ocorrido em abril de 2021, chocou a cidade e mobilizou autoridades e a comunidade desde então.

Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o crime foi motivado por ciúmes, quando um dos réus não aceitou o término do relacionamento com sua ex-companheira, que havia iniciado um novo relacionamento com a vítima. O desfecho desse triângulo amoroso resultou em uma sentença combinada de 60 anos de reclusão para os acusados.

A sessão do Tribunal do Júri, que se estendeu por seis longos dias, testemunhou a atuação de três Promotoras de Justiça contra uma defesa robusta composta por mais de 10 advogados. O resultado foi a condenação dos três réus, que enfrentarão décadas de prisão pelo terrível crime cometido.

Entenda o caso

O homicídio, ocorrido em uma residência no centro da cidade, foi executado de forma violenta. O réu considerado o mandante do crime recebeu uma pena de 21 anos, sete meses e seis dias de reclusão em regime fechado. Já os executores foram sentenciados a penas de 19 anos, dois meses e 12 dias, e 19 anos, um mês e 18 dias, respectivamente, também em regime fechado.

Além das penas de prisão, os réus foram ordenados a pagar uma reparação mínima de 100 mil reais cada aos sucessores da vítima, como forma de compensação pelo mal causado e pela gravidade do crime cometido.

A Promotoria de Justiça, representada pelas Promotoras Ana Maria Horn Vieira Carvalho, Andréia Tonin e Daniela Böck Bandeira, apresentou evidências contundentes que demonstraram o planejamento e a brutalidade do crime. As teses da denúncia foram integralmente acolhidas pelo Conselho de Sentença, o que culminou na condenação dos réus.

Maior julgamento da história

O julgamento, considerado o maior da história da cidade, contou com um esquema de segurança especial, incluindo a presença de agentes da Coordenadoria de Inteligência e Segurança Institucional (CISI) para garantir a ordem durante os procedimentos.

A Promotoria de Justiça destaca a luta contra a impunidade.

Para as Promotoras de Justiça, essa condenação representa a conclusão de um árduo processo de busca por justiça para a família da vítima, que sofreu com a perda prematura de um ente querido. A decisão do Tribunal do Júri é vista como um marco na luta contra a impunidade e como um sinal de que a justiça prevalecerá, mesmo diante das adversidades. O caso, que teve seu primeiro julgamento em julho de 2023, passou por reviravoltas e adiamentos antes de chegar a esta conclusão.

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Publicado em:

14/05/2024

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